Museu de Geociências apresenta coleção de fósseis da Bacia do Araripe

Iniciada em dezembro do ano passado no Museu de Geociências, a exposição Fósseis do Araripe apresenta ao público cerca de 50 peças de um acervo de 3 mil fósseis da região da Bacia do Araripe

 Durante a exposição, que está aberta ao público, é possível conferir diversos exemplares de fósseis de uma biodiversidade que existiu na região durante o Cretáceo (período entre 145 e 65 milhões de anos atrás), destacando a fauna e flora bem preservada, como os exemplares de plantas e diversas espécies de animais. A curadora da exposição e docente do Instituto de Geociências (IGc) Profa. Dra. Juliana de Moraes Leme Basso organizou e catalogou os fósseis da exposição, que chegaram à unidade em 2014 após serem resgatados de contrabandistas em uma operação da Polícia Federal.

Alguns exemplares podem ser tocados pelo público. Foto: Beatriz Cristina

Exemplar fóssil do Tupandactylus navigans. Foto: Beatriz Cristina

A Bacia do Araripe está em uma região que abrange o sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do Piauí. Parte de sua formação ocorreu durante o período Cretáceo e é constituída por camadas de calcários laminados, bancos de gipsita, folhelhos e granito. Sua formação está relacionada ao processo de separação dos continentes africano e americano e com a formação do Atlântico Sul. Além disso, a preservação dos fósseis e a diversidade de espécies fossilizadas é possível graças as singulares condições de evolução

 

O Museu de Geociências está localizado no Instituto de Geociências da USP (IGc). Seu acervo é considerado um dos mais importantes do país, com mais de 45 mil exemplares de minerais, fósseis, gemas, espeleotemas e meteoritos como o Itapuranga e ainda, cerca de 5 mil amostras de fósseis. A entrada é gratuita.

 

Texto: Beatriz Cristina Sabino Garcia